Minha Jornada Como Transgênero FTM Bigênero

Como a ATW me ajudou a aceitar e amar a mim mesmo

Olá, queridos! Eu me chamo FemboyLace na ATW! Meus pronomes são ele/ela. Podem usá-los de forma intercambiável para mim, dependendo do que estou vestindo! (Se estou com roupas femininas, podem me chamar do que quiserem, quando estou com roupas masculinas, refiram-se a mim apenas como ele.) Sou uma pessoa bigênero FtM com experiência trans, o que significa que fui designada mulher ao nascer e depois me identifiquei de forma diferente na vida.

Estou tomando testosterona (faz aproximadamente um ano agora) e fiz cirurgia de remoção de mamas, mas não fiz a cirurgia de transgenitalização. Identifico-me como masculino e feminino ao mesmo tempo. Tenho 30 anos e vivo nos Estados Unidos. Sou uma pessoa bastante excêntrica, rs. Vendo praticamente de tudo aqui, itens físicos, digitais e serviços. No entanto, eu não vendo sutiãs.

Minha Jornada Transgênero, Como Cheguei Aqui

Comecei minha jornada trans em 2020, quando a pandemia começou. Minha região entrou em lockdown total e todos tivemos que trabalhar em casa. Na época, eu estava em um enfadonho emprego de vendas de escritório. Realmente não gostava do que estava fazendo, e quando não estava no escritório, geralmente estava me misturando com pessoas. No entanto, devido ao lockdown, fiquei incapaz de escapar, por assim dizer, para os lugares que frequentava. Desse modo, fui forçado a ficar em casa, como tantos de nós, a fermentar em meus próprios pensamentos.

Nesse período, não pude mais ignorar meus pensamentos. Comecei a procurar respostas e acabei participando de um grupo de apoio LGBT local online. Através das pessoas que conheci e das amizades que fiz, percebi que era transgênero. Percebi que estava sentindo disforia de gênero (angústia em resposta a uma incongruência entre o gênero na mente e o corpo físico).

Percebi (na época) que na verdade eu era um homem e não uma mulher. Senti-me aliviado por ter descoberto esse novo fato sobre mim. Comecei a buscar maneiras de transicionar. Também decidi sair do armário e, por meio desse processo, perdi todos os meus amigos antigos. Foi um começo muito difícil e deliberado. Mas eu sabia o que queria.

Comecei a usar um novo nome preferido, pesquisando sobre tomar testosterona e fazer cirurgia de remoção de mamas. Identifiquei-me como transmasculino/homem. Em 2021, marquei uma consulta com meu médico para começar o processo. Não foi fácil, mas finalmente consegui começar a tomar testosterona! Foi um alívio e senti-me muito feliz por estar fazendo isso. Experimentei muita euforia de gênero e me senti mais confortável comigo mesmo.

Reformei completamente o meu guarda-roupa. Comprei muitas roupas masculinas e doei a maior parte das minhas roupas femininas. Comecei o processo para cirurgia de remoção de mamas. Cada mudança me trouxe uma alegria imensa. Estava feliz com o rumo das coisas, mas ainda tinha disforia paralisante porque odiava as partes íntimas com as quais nasci.

Avançando rapidamente para 2022, finalmente fiz a cirurgia de remoção de mamas! A recuperação foi difícil no início, mas tornou-se mais fácil. Finalmente consegui me recuperar e ser eu mesmo. A alegria estava lá e senti muita euforia de gênero! Meu peito havia sido a maior fonte de disforia e agora eu finalmente estava contente.

Mesmo assim, ainda detestava as partes íntimas com as quais nasci. Queria fazer uma histerectomia e cirurgia de transgenitalização (construção de um pênis masculino e partes íntimas inferiores). Mas com o passar do tempo, comecei a me envolver na comunidade de femboys. Conheci muitos femboys online que me ajudaram a me expressar de forma diferente.

Assim, mais uma vez, fiquei em conflito com o que sentia. Queria muito ser um femboy, então comecei a me vestir de forma mais feminina. Senti essa sensação de liberdade, já que não tinha mais disforia em relação ao meu peito. Comprei mais algumas peças de roupas femininas para adicionar ao meu guarda-roupa. Com o passar do tempo, percebi que algo estava diferente. Gostava de ser chamado de garota e princesa, o que me surpreendeu inicialmente. Também gostava que me tratassem por ela/dela de vez em quando. Isso me fez repensar minha identidade. Conversei com um amigo trans próximo e pesquisei online em busca de respostas. Cheguei à conclusão de que me identificava como bigênero. Percebi que minha identidade como transmasculino não se encaixava em mim, por assim dizer.

Como a ATW me ensinou a amar a mim mesmo

Como uma pessoa afab, vivenciei muito trauma em relação às minhas partes íntimas inferiores. Fui sexualmente agredido várias vezes por parceiros anteriores. Assim, nunca amei como sou lá embaixo. Eu realmente nunca me amei ou me aceitei. Quando saí do armário como trans, confundi meu trauma com disforia de gênero. Eu queria me livrar do que estava me causando sofrimento, por assim dizer.

Mesmo quando me declarei bigênero e me identifiquei como homem e mulher, ainda não explorei a mim mesmo. Não me amava porque sentia que estava danificado e que ninguém me amaria.

Estou na ATW há pouco tempo. E durante esse curto período, fiz minha primeira venda e tive muitas pessoas, tanto compradores como vendedores, conversando comigo. Posto frequentemente no painel e interajo com todos. Todos os adoráveis compradores e vendedores fazem-me sentir aceito. Ninguém te julga ou envergonha por ser você mesmo. Eu sou meu eu autêntico quando crio conteúdo para meus compradores. Ver todas as pessoas no painel faz-me sentir confiante de que posso ser eu mesmo aqui.

Criar conteúdo para meus compradores e interagir com os vendedores ajudou-me a aumentar a minha confiança. Isso ajudou-me a me sentir sexy, quando nunca me senti assim antes ou achei que merecia isso. Estou lentamente, mas com certeza, começando a amar e aceitar-me mais, exatamente como sou. Estou animado para criar mais conteúdo para meus compradores!

Minhas mensagens diretas estão sempre abertas para quem quiser me conhecer.

Beijos e abraços

FemboyLace

Di FemboyLace

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